quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Práticas Integrativas e Complementares e sua inserção no Sistema Único de Saúde

Práticas Integrativas e Complementares e sua inserção no Sistema Único de Saúde 

ANDRADE; I.M.P, NASCIMENTO; T.M.C; SILVA; J.D.B; SILVA; I.M.

UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA 

Recife / PE
INTRODUÇÃO

        As práticas Integrativas ou complementares foram termos adotado para definir as abordagens terapêuticas que tem a visão holística como um de seus Preceitos  (ANDRADE e COSTA, 2010). A busca por esse tipo de perspectiva e de conduta de tratamento é, segundo Thiago e Tesser (2011), algo recente e sua aceitação ainda é um desafio.
      Essa abordagem tem o intuito de tratar o individuo como um todo indissociável, ou seja seu corpo, sua mente e seu espírito, atuando também como forma de prevenção e sua intervenção se dá de forma diferente da medicina ocidental, que atua de forma direta no órgão ou na parte patológica (TROVÓ e SILVA, 2002).
       A resolução do COFFITO N° 380/2010 regulamenta o uso, pelo fisioterapeuta, das práticas integrativas e complementares de saúde. Segundo esse documento, a partir da implantação, através do ministério da saúde, o fisioterapeuta é reconhecido como ator importante na promoção, educação, restauração e preservação da saúde, a partir dessa perspectiva ele utiliza de seus recursos habituais e também das práticas integrativas.
       Diante do exposto, o objetivo deste trabalho é apresentar as práticas integrativas e complementares evidenciando a importância deste conhecimento para a fisioterapia, e sua inserção no sistema único de saúde.

METODOLOGIA

         É uma pesquisa de revisão narrativa da literatura, com a utilização da língua portuguesa para a realização do trabalho. Utilizou as Palavras Chaves: Práticas integrativas, Terapias Complementares, Terapias Alternativas e Terapias Holísticas. O período da pesquisa foi abril de 2014 e considerou artigos entre os anos de 2002 a 2012. Os locais de busca foram o site de busca Google acadêmico,  a Biblioteca virtual em saúde (BIREME) e SCIELO.
       A pesquisa foi realizada no intuito específico de identificar o conceito das praticas integrativas, assim como observar se há a inserção da mesma no sistema único de saúde.

DESENVOLVIMENTO

       A forma na qual este tipo de terapia atua está relacionada ao indivíduo como um todo. Corpo, mente e espírito interligados.   Quando este conjunto se encontra em desequilíbrio leva a um desgaste físico e emocional, tornando o mesmo vulnerável a doenças (TSUCHIYA e NASCIMENTO, 2002).
        É um tratamento que consiste na inclusão de recursos como as plantas medicinais, a fitoterapia, as massagens, Hidroterapia, Acupuntura, Homeopatia, entre outros. Se caracterizam como intervenções não invasivas, que não possuem efeitos colaterais, prevenindo atuações que tendem a levar o ser humano a problemas físicos, mentais e emocionais. São terapias procuradas no mundo inteiro havendo uma facilidade para a sua utilização em todas as classes sociais. O Holismo aborda a realidade na questão individual do ser humano, havendo uma harmonia deste universo que não se encontra em medicamentos ou outros tipos de terapias (TROVÓ e SILVA, 2002).
        Em fevereiro de 2006, o documento final da política, com as respectivas alterações, foi aprovado por unanimidade pelo Conselho Nacional de Saúde e consolidou-se, assim, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema único de Saúde (SUS), publicada na forma das Portarias Ministeriais nº 971 em 03 de maio de 2006, e nº 1.600, de 17 de julho de 2006.
       O Ministério da Saúde traz a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) e, para justificar inserção, a utiliza como subsídio no âmbito político, técnico, econômico, social e cultural. Esta política atua na forma de incentivar e incluir essas praticas, nas redes publicas de tantas estados e municípios (SAMPAIO, 2002). 
     A Implantação do SUS e a busca dos objetivos da universalidade, integralidade e equidade, tem suscitado diversas elaborações e proposições referentes aos modelos assistenciais adotados, a lógica de financiamento e as práticas profissionais (JUNIOR, 2010).
       Na medida em que se tornou mais conhecido e que se ampliaram as áreas de intervenções na fisioterapia, houve um aumento na demanda por esses serviços, porém a oferta não aumentou na mesma proporção, o que nos faz interrogar a respeito. Pois uma vez que se faz necessária na saúde pública o profissional fisioterapeuta, dentro da equipe multiprofissional, questiona-se a falta de atuação e a pouca divulgação e subsídio nos municípios brasileiros (VIANA e CICOTOSTE, 2008).
       Encontrou-se um grande número de artigos em relação as práticas integrativas na área de enfermagem e poucos na área da fisioterapia, onde, pela própria natureza do tema se deveria ter encontrado mais, pois está amplamente relacionada a esse tipos de práticas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

     Dentro das pesquisas realizadas, observamos a implantação nas redes públicas de saúde e a grande procura de populares pelas práticas integrativas. Com o objetivo de diminuir tanto os custos em tratamentos, como em medicamentos, tendo em vista que  se trata de uma terapia que utiliza bastante do  naturalismo, onde o indivíduo irá se beneficiar das terapias alternativas promovendo a si mesmo bem estar.

REFERÊNCIAS

FONTANELLA, F.; SPECK, F.  P.; PIOVEZAN, A.P.; KULKAMP, I. C. Conhecimento, acesso e aceitação das práticas integrativas e complementares em saúde por uma comunidade usuária do sistema único de saúde na cidade de Tubarão/SC. Disponível em: http://www.acm.org.br/revista/pdf/artigos/484.pdf> Acesso em 31 de março de 2014.

TSUCHIYA; K.K, NASCIMENTO; M.J.P; Terapias complementares: uma proposta para atuação de enfermeiros; Disponível em: http://www.unisa.br/graduacao/biologicas/enfer/revista/arquivos/2002-08.pdf> Acesso em 31 de março de 2014.

SAMPAIO; L.F.R; Política nacional de práticas integrativas e complementares no SUS; Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pnpic.pdf> Acesso em 22 de abril de 2014.

LIMA; M.O, VASCONCELOS; T.B, BRASIL A.C.B, CÂMARA; T.M.S, ARCANJO; G.N, SOUSA; C.T; Analise do conhecimento sobre a regulamentação e a utilização das terapias complementares na fisioterapia; Disponível em: http://hurevista.ufjf.emnuvens.com.br/hurevista/article/view/1646/570> Acesso em: 23 de abril de 2014.

SILVA; N.C.M, LUNES; D.H, RESCK; Z.M.R, SOARES; M.I, JUNIOR; D.I.S, VIEIRA; N.F; Estratégias de ensino das terapias alternativas e complementares na graduação em Enfermagem: revista integrativa; Disponível em: http://www.revistas.ufg.br/index.php/fen/article/view/20568> Acesso em: 23 de abril de 2014.
JUNIOR; J.P.B; Fisioterapia e saúde coletiva: desafios e novas responsabilidades profissionais; Disponível em: http://www.scielosp.org/pdf/csc/v15s1/074.pdf> Acesso em: 25 de abril de 2014.

VIANA; G.S, CICOTOSTE; C.L; A importância da inserção do profissional fisioterapeuta no programa saúde da família (PSF): uma revisão bibliográfica; Disponível em: http://www.uniamerica.br/site/arquivos/2seminario-fisioterapia/pdf/18ilmara-SilvaViana-Camil.pdf> Acesso em: 25 de abril de 2014 .