domingo, 17 de julho de 2011

Formação em terapia morfoanalítica - MARP

Recebi o texto de divulgação e compartilho com Vocês!! Esse texto acompanha a divulgação da formação em MARP, cujo material de divulgação segue aí em baixo.
Como tenho afinidade com o tema, sob a perspectiva de Anzieu, compartilho também outro link (para quem quem quiser um pouco mais sobre o tema) que  pode ser complementado pela leitura da minha dissertação de mestrado que congrega Fisioterapia e Psicanálise. Quem se interessar pode acessar por http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=179896


Divulgação da Formação


" A mãe é o primeiro terapeuta psicocorporal de todo ser humano!
O dialogo corporal intuitivo infra-verbal no qual cada desejo, emoção

ou sensação do bebê são percebidos pela mãe que responde, é absolutamente vital.
Assim o bebê se sente compreendido e com seu corpo emite novas mensagens que sua mãe capta,entende, responde.....e assim sucessivamente.
Graças a esta comunicação corporal/sensorial/emocional banhada de
amor e prazer a criança se constroe. Integra o amor com o prazer de estar
juntos, de comunicar, falar, tocar, sentir seu corpo e o corpo do outro.
Desenvolve o sentimento que suas necessidades podem ser compreendidas e satisfeitas.
Na fase do pós-parto um grande número de mães estão afetadas por vividos depressivos mais ou menos intensos. Quando o entorno não consegue conter e tranquilizar essas tendências depressivas, os sentimentos de solidão e abandono se amplificam tanto que impedem a mãe de viver o prazer natural do encontro com seu filho.
O bebê precisa absolutamente sentir o prazer de sua mãe para sentir-se
legitimo, desejado, digno de amor e atenção, um ser de valor.
A ausência de prazer da mãe, geralmente acompanhada de escassez de
contatos físicos, provoca no bebê reações de defesa que podem se revelar
destrutivas para o desenvolvimento do seu aparato psico-postural-afetivo.
O toque, as massagens e os cuidados corporais empaticos oferecem um
quadro propicio para reparar a falta fundamental de prazer compartilhado nos
primeiros meses da vida.
Como na época primitiva é a forma inter-ativa das técnicas
corporais/sensoriais utilizadas , a qualidade da escuta infra-verbal física e psíquica do TM e a dimensão emocional dos trabalhos posturais realizados que permitem a reparação deste tipo de traumatismo precoce da mãe deprimida."

"OS GRITOS DO CORPO
A somatização é um grito do corpo que nos conduz até as primeiras etapas do desenvolvimento do eu quando o funcionamento do corpo e da psique são indiferenciados, e qualquer traumatismo se grava ao mesmo tempo no corpo  e na psique.
No adulto que sofre vamos encontrar os gritos da criança ferida, abandonada, incompreendida, mal-tratada, humilhada.
Os gritos do corpo do adulto nos dizem a dor da criança que foi e dos traumatismos que sofreu.
Sua historia traumática não resolvida se expressa a "corpo aberto". Entendemos que os  gritos do corpo do adulto são formas primitivas de expressão de um sofrimento global psicocorporal.
O que a pessoa não conseguiu pensar/simbolizar durante seu desenvolvimento psico-afetivo continua sendo ativo nela.
Em toda situação de sofrimento intenso o adulto se protege com mecanismos de defesa primitivos que consistem em voltar e refugiar-se nas fases anteriores do desenvolvimento psicocorporal. Nos deparamos com sofrimentos primitivos
 que tinham permanecido enquistados e que as circunstâncias da vida atual reativaram.
O corpo do paciente nos conduz a remontar o tempo, explorar a historia e analisar os conteúdos sensoriais  e psicoafetivos das manifestações  somáticas."

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