domingo, 27 de novembro de 2011

Notícias de fisio

25/11/2011 10:17

Fabio Trad quer fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais no Programa Saúde da Família

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Dirceu Martins
O deputado federal Fabio Trad (PMDB) lidera o PMDB na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara Federal para a aprovação do relatório do Projeto de Lei que Inclui os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais no Programa Saúde da Família (PSF).
"A Fisioterapia  e a Terapia Ocupacional  são  determinantes  para a  preservação e garantia de qualidade de vida e a saúde das pessoas. É preciso valorizar efetivamente estas categorias profissionais que precisam ser reconhecidas, oficialmente, nos programas de saúde patrocinados pelo Estado Brasileiro", afirmou Trad.
A atenção prestada pelo PSF deve estar ancorada em princípios como a integralidade e a universalidade, o que implica um trabalho dentro da perspectiva da multidisciplinaridade da assistência à saúde.
A inclusão desses profissionais no PSF possibilitará a incorporação de um saber específico que poderá ser compartilhado com os demais profissionais integrantes das equipes multiprofissionais, possibilitando a prestação de ações básicas de prevenção de incapacidades e de ações de reabilitação e ressocialização de pessoas com alguma incapacidade instalada, proporcionando qualidade de vida dos indivíduos e da família.
(Com informações da Assessoria)

terça-feira, 15 de novembro de 2011

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Notícias de Fisio...

Projeto Fisioterapia Itinerante cuida de moradores da periferia de São Paulo
Além de fisioterapeutas, equipe complementar com nutricionista, psicólogo e terapeuta ocupacional reuni-se ao grupo para orientar pacientes.

O ônibus transformado em clínica popular - Projeto Fisioterapia Itinerante - atende os moradores de bairros periféricos da Zona Sul de São Paulo. Os pacientes são encaminhados por médicos da região e atendidos com hora marcada, tanto para indicações de tratamentos de fisioterapia mais comuns, como para tratamentos das áreas neurológica e ortopédica.

A convivência diária com os pacientes aproximou a equipe na identificação de várias outras necessidades da população. Maria de Las Gracias Franceshini - idealizadora do Projeto - constatou ainda que um grande número de pacientes com dores na coluna, articulações, tendões e musculatura estavam acima do peso ideal. Por esta razão, resolveu incorporar uma nutricionista, especialista em saúde pública e nutrição clínica. Na sequência, veio um psicológico e uma terapeuta ocupacional que foram incorporados ao Projeto. A terapia ocupacional ajuda os pacientes na adequação das necessidades diárias em suas casas. São casos de pacientes, por exemplo, que após um AVC – Acidente Cardio Vascular – não conseguem abrir torneiras, passar roupa, lavar pratos, calçar sapatos e até vestir-se sozinhos. O objetivo é criar condições para que o paciente tenha a maior autonomia possível dentro do quadro da sua doença.

O que faz a diferença no atendimento do Projeto é que cada um recebe atenção e é tratado com dignidade. Na maioria, são pessoas simples que precisam recuperar a capacidade de trabalho rapidamente, estão sendo prejudicadas pela dor e o objetivo é ajudá-las a voltar para a ativa. Entre os pacientes, estão trabalhadores, donas de casa, idosos, jovens e crianças.

No ônibus, além dos pacientes moradores da região, são atendidos moradores de outros bairros que atravessam a cidade para chegar à clínica móvel. Uma minivan também foi anexada ao Projeto para atender acamados, com impossibilidade de locomoção, domiciliados próximos aos locais onde o ônibus estaciona.

Para a manutenção do Projeto é cobrada uma taxa de R$ 12,00 pela sessão de fisioterapia. Nutricionista, psicólogo e terapeuta ocupacional atendem com valores simbólicos para permitir o acesso de quem necessita.

O ônibus/clínica atende em São Paulo, no horário das 8h às 14h, nos seguintes dias e locais: Segundas-feiras - Estacionamento do supermercado Makro - R. Domingas Galleteri Blotta, s/no, ao lado do shopping Interlagos / Terças e quintas - Paróquia Nossa Senhora Aparecida - R. Serafim Ciuvalschi, s/no, Grajaú / Quartas e sextas - Associação de Moradores Saber Viver - R. Rainha das Missões, 206, Vila Missionária. Por enquanto, somente às quintas-feiras, no Grajaú, são realizados os outros atendimentos, mas sempre com hora marcada.

Projeto Fisioterapia Itinerante - tel.: (11)5681-4374 / e-mail: fisioitinerante@terra.com.br 

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

RECONSTRUÇÃO ANATÔMICA DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR COM DUPLA BANDA: ESTUDO PROSPECTIVO COM SEGUIMENTO DE DOIS ANOS

Segue Link de artigo novinho enviado por uma querida leitora do Blog (Valeu Carla!!!!!)  Aí em baixo os autores....

Julio Cesar Gali
1
, Maurício Sante Bettio Mod
2
, Hélio Massahiro Mimura
2
, Walberto Kushiyama

http://www.rbo.org.br/materias/2011/revistas_040511/reconstrucao-anatomica-do-ligamento/reconstrucao-anatomica-do-ligamento.pdf

Mais Isostretching... Parte 2

Mais exercícios.... Depois faço uma parte 3... 
Figura 1Aproximar as palmas das mãos e dedos, orientando as mãos e as pontas dos dedos para frente, ao lado e para trás. (Figura 1)

Estender as pernas, manter entre as mãos uma bola e afastá-la dos glúteos exercendo uma pressão. (figura 2)

Figura 2
Figura 3

Sentada: 
As pernas fletidas com os joelhos unidos, pés apoiados no solo, os braços estendidos e ombro em abduzido em 90º, com o punho e dedos estendidos. (figura 3)
Correção:
Manter a anteversão pélvica, coluna vertebral ereta e manter os braços na mesma posição evitando a rotação externa.
Ação:
•Manter tronco alinhado.
•Deprimir as escápulas contraindo a musculatura da cintura escapular.
•Contrair isometricamente glúteos e paravertebrais.

•Expirar profundamente.

Sentada: 
As pernas estendidas e quadril abduzido com o pé em dorsiflexão. Braços estendidos e ombro em abdução em 90º, com o punho e dedos estendidos.

Correção:
•Manter a dorsiflexão dos pés, a coluna vertebral ereta e a cabeça alinhada.
Ação:
•Realizar a anteversão pélvica.
•Manter o tronco alinhado.
•Estender ligeiramente os ombros aduzindo as escápulas.

Modificar:
•Realizar abdução e rotação externa de ombro, com os cotovelos fletidos, posicionando as palmas das mãos atrás da cabeça.
•Expirar profundamente.

FONTE: REDONDO, Bernard. Isostretching – A ginástica da coluna. Skin: Piracicaba, 2001.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Notícias de Fisio...

01/11/2011 14h24 - Atualizado em 01/11/2011 15h13

Hospital público de PE ganha novo centro de reabilitação e enfermaria
Espaços são destinados ao atendimento em traumatologia e ortopedia.
Expectativa é atender, por mês, cinco mil pacientes de todo o Estado.


Dois novos espaços nas áreas de traumatologia e ortopedia foram inaugurados, nesta terça-feira (1º), no Hospital Getúlio Vargas (HGV), no bairro do Cordeiro, no Recife. O Centro de Reabilitação possui equipamentos de fisioterapia para ajudar pacientes que sofreram acidentes de motos ou carros. Já a enfermaria traumato-ortopédica vai acolher 30 pacientes que precisarem de atendimento pós-operatório no HGV.

De acordo com a gerente do Núcleo de Apoio Técnico do Hospital Getúlio Vargas, Walkyria Spíndola, a expectativa é atender, por mês, cinco mil pacientes de todo o Estado no Centro de Reabilitação. “Estamos com vários serviços novos, como a parte de fisioterapia respiratória. Antes só atendíamos adultos, e hoje não temos restrição de faixa etária, vamos atender da criança ao idoso”, conta.

O chefe do setor de traumatologia e ortopedia, o médico Gustavo Souza Leão, disse que o tempo de espera será reduzido. Até 100 pacientes devem ser atendidos todo mês na nova enfermaria. “Com esse novo espaço estamos tendo um aumento de quase 30% na clínica, para dar vazão à emergência, mas principalmente ao setor de ambulatório”, afirma.

Os pacientes, no entanto, não podem ir direto ao HGV. Eles só são recebidos depois de serem atendidos e encaminhados por médicos de outros hospitais ou postos de saúde
.

Notícias de Fisio...

JORNAL HOJE!!!!
Edição do dia 01/11/2011

Estudantes criam jogo para ajudar pacientes a recuperar movimentos
Batizado de Ikapp, o jogo ajuda pacientes durante os exercícios de fisioterapia. Divertido, o game visa diminuir evasão do tratamento.
Beatriz CastroFortaleza

Alunos do Centro de Informática e do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de Pernambuco desenvolveram um jogo, batizado de Ikapp ou acerte o passo, para ajudar pacientes a recuperar movimentos durante a fisioterapia. O game é programado de acordo com as necessidades de cada jogador e torna o tratamento mais atraente, evitando que os pacientes abandonem as sessões.

Luzimar Severino de Araújo se diverte com o vídeo game, mas o que o entretém não é um jogo qualquer. O jogador é um paciente e o jogo funciona como um fisioterapeuta virtual. Os exercícios foram programados para o braço esquerdo, que perdeu parte dos movimentos por causa de um acidente vascular cerebral. “Acho que vai ajudar na recuperação de muitos, tanto de adultos como de crianças”, diz.

O estudante de informática Thiago Menezes explica o funcionamento do jogo: “Pode ser qualquer movimento exigido pelo fisioterapeuta. Pode ser um braço, pode ser os dois braços ao mesmo tempo, uma perna, de acordo com a necessidade do exercício e das restrições de cada paciente”,
Através de um sensor de movimento, o sistema analisa o exercício, faz a comparação com o modelo correto e elabora um relatório detalhado sobre o desempenho do paciente. “Pode analisar também compensações posturais e movimentos errados, que podem causar lesões no próprio paciente”, afirma Alana da Gama, aluna de doutorado de informática.

Um dos maiores problemas para os fisioterapeutas é a evasão dos pacientes. Muitos reclamam da monotonia, da repetição dos exercícios e acabam abandonando o tratamento. Com a ajuda dos games específicos para fisioterapia, os especialistas esperam virar este jogo. O game é programado para corrigir os exercícios na hora. Se o movimento estiver errado, aparece a mensagem na tela e o jogo pára automaticamente. Os fisioterapeutas acreditam que o novo aliado vai incentivar a regularidade dos pacientes na prática dos exercícios.
 

Utilização de Exercícios em Cadeia Cinética Aberta e Fechada na Disfunção Fêmoropatelar por Fisioterapeutas da Cidade do Recife.

UTILIZAÇÃO DE EXERCÍCIOS EM CADEIA CINÉTICA ABERTA E FECHADA NA DISFUNÇÃO FÊMOROPATELAR POR FISIOTERAPEUTAS DA CIDADE DO RECIFE.
Yanna Karla Macário Lopes*; Mercia Alméria Oliveira Alves*; Renata Soraya Coutinho da Costa**.
_____________________________________________________________________________
* Graduandas  do curso Bacharel em fisioterapia pela Universidade Salgado de Oliveira –  UNIVERSO - Campus Recife – PE.
** Fisioterapeuta, Ms em psicologia Clínica, Especialista  em Osteopatia e Traumato -Ortopedia; Docente da Universidade Salgado de Oliveira

Yanna Karla Macário Lopes. Rua Antônio Nogueira, 210, 302. CEP: 50740-290. Cidade Universitária. Recife – Pernambuco. Tel.:  34545712 / 96559959. E-mail: Yanna Karla Macário Lopes, yannamacario@oi.com.br, Mercia Alméria Oliveira Alves, merciaalmeria@hotmail.com,


Utilização de Exercícios em Cadeia Cinética Aberta e Fechada na Disfunção Fêmoropatelar  por Fisioterapeutas da Cidade do Recife.

 RESUMO


O propósito deste estudo foi analisar o nível de conhecimento dos fisioterapeutas da cidade de Recife-PE e aplicabilidade de exercícios em cadeia cinética aberta e fechada no tratamento conservador da síndrome da disfunção femoropatelar (SDFP). Utilizando um total de 31 profissionais, dos quais 14 alegam um retorno satisfatório dos seus pacientes às suas atividades normais, e 14 dizem que apenas 75% dos seus pacientes têm um retorno as suas atividades normais, utilizando em seu protocolo de tratamento os exercícios em cadeia cinética aberta e fechada. Os resultados observados no presente estudo nos fazem concluir: Há utilização equilibrada de exercícios de cadeia cinética aberta (CCA) e cadeia cinética fechada (CCF), no entanto com os exercícios em CCF há maior ativação do músculo Vasto medial obliquo (VMO) bem como parece ser o tipo de exercício em que solicita maior funcionalidade articular. Parte dos exercícios utilizados pelos fisioterapeutas da cidade do Recife, não foram encontrados na literatura pesquisada. Sugerimos novas pesquisas experimentais randomizadas para avaliação da eficácia desses exercícios no tratamento das SDFP, como também a pesquisa em busca de protocolos de tratamento a curto, médio e longo prazo na recuperação de indivíduos portadores da SDFP.

Palavras Chaves: Disfunção patelar; Patela; Exercícios.


1. INTRODUÇÃO

O joelho é uma articulação complexa, tanto anatômica quanto biomecanicamente [1]. Composta por duas grandes articulações denominadas como tibiofemoral e patelofemoral. A superfície articular da articulação femoropatelar é dada pelos elementos ósseos denominados  patela e tróclea [1,2] .
A estabilização da articulação femoropatelar é dada por um sistema integrado de estruturas contráteis e não contráteis, são estas estruturas que permitem a estabilidade da patela [3]. As estruturas estabilizadoras são dinâmicas e estáticas, permitindo que a patela  siga o padrão de movimento durante a flexão e a  extensão tibiofemoral [4] .
A síndrome da disfunção fêmoropatelar (SDFP), consiste numa disfunção patelofemoral tendo como principal sintoma a dor anterior do joelho e posterior a patela, é o tipo de afecção mais comum na clínica e no meio esportivo [1,2,4,5,6]. Mesmo sendo uma disfunção comum e de alta incidência sua etiologia é desconhecida [7]. É bem comum dentre outras características os portadores dessa síndrome apresentarem um desalinhamento do músculo Quadríceps (QDPS), resultando uma  atrofia e redução de força na  porção medial  conseqüente desequilíbrio entre as partes laterais e mediais [7,8] , resultando o mau alinhamento patelar [9].
Clinicamente a SDFP é um distúrbio músculo esquelético, considerado como de causa multifatorial, um desses fatores se relacionam ao músculo QDPS que é um músculo composto por um grupo de cinco músculos, que durante toda a extensão do joelho é responsável pelo deslocamento adequado da patela [3], definido por WEISS  et al (1997)[10] como um músculo grande e poderoso e  por Passos  e Cerqueiro (2003)[11] visto  como principal estabilizador  dinâmico. Tão logo qualquer disfunção na estrutura que proporcione desalinho patelar resultará num deslocamento inadequado da patela, favorecendo o processo patológico da síndrome em questão.
            O desequilíbrio de forças entre a musculatura agonista  e antagonista e até  mesmo uma hipotrofia  entre esses músculos levam a uma desestabilidade articular possibilitando as lesões [12].
O grupo muscular do QDPS cruza anteriormente a articulação sendo este o primeiro músculo  a atuar no movimento de extensão do joelho [1]. Para Grossi   et al (2004) [8] e Abreu  et al (1998) [13]  o responsável pela instabilidade patelofemoral é o aparelho extensor . 
Mesmo se tratando de uma patologia de etiologia desconhecida podem-se observar fatores associados ao processo, incluindo: traumas diretos, fraturas, subluxação patelar, aumento do ângulo Q [14]. Esta disfunção resulta na lesão da cartilagem articular que está entre a tróclea femural, e a região posterior da patela envolvendo  uma ou mais porções  patelares [4,14].
 A SDFP caracteriza-se por um desgaste da cartilagem hialina, que inicialmente é dado por fissura ou amolecimento e num estágio mais avançado há o desgaste total da cartilagem  levando ao comprometimento do osso subcondral [1,2,4] , levando a grande maioria dos portadores de SDFP a queixas do tipo: dor difusa, crepitações,  rigidez articular, edema, distrofia na pele[15] .
            O fato de não haver um consenso literário sobre a causa específica para o processo patológico, dificulta a abordagem sobre a SDFP. Em contrapartida são acessíveis diversos meios avaliativos que tornam possíveis a percepção de disfunção osteomuscular e/ou osteocondral. Embora Belchior et al (2006) [16]  concordarem que a SDFP seja de etiologia desconhecida, esclarecem uma classificação  dos fatores etiológicos como sendo intrínsecos e extrínsecos, mesmo assim  sendo vista de forma bastante ampla.
Geralmente a SDFP acomete indivíduos atletas, população sedentária do sexo feminino, adultos jovens [17], e indivíduos com excesso de peso [6].
 Uma alteração mecânica do mecanismo extensor do joelho promove a falta de apoio adequado, uma hipopressão, ou até mesmo uma hiperpressão patelar tornando mais susceptível o desgaste da cartilagem por  provocar alterações nutricionais da mesma. A medida que este desgaste se acentua há o  comprometimento do osso subcondral. Esse desgaste é caracterizado por um amolecimento ou fissura da cartilagem hialina na superfície posterior da patela ocorrendo a fragmentação de parte desta cartilagem, havendo  perda desta, e  envolvendo uma ou mais porções da patela, é o que se denomina a condromalácea patelar [4,12,14,18]. Filoni et al 2006 [19] falam sobre a perda da função normal  da marcha na presença da instabilidade, na importância da harmonia funcional para o acontecimento da marcha.
O programa de tratamento busca melhorar as disfunções patelares, através de exercícios em cadeia  cinética aberta (CCA) e cadeia cinética fechada (CCF), considerando eficaz o  tratamento conservador [6]. Na definição dos tipos de cadeia cinética Weiss  et al (1997)[10], relatam que numa cadeia cinética aberta o segmento distal encontra-se livre no espaço, enquanto no tipo de cadeia cinética fechada o segmento distal encontra-se num ponto fixo e se faz necessário que todos os segmentos se movam, ao contrário da cadeia aberta que independerá do movimento dos seus seguimentos.
  Os exercícios em CCF aproximam-se mais das práticas esportivas, entende-se que há uma funcionalidade maior dos grupos musculares [20], tanto agonistas como antagonistas, e proporcionam ganho de força muscular. Os exercícios em CCA são mais leves por exigirem do músculo agonista apenas a contração isométrica ou isotônica. Esse exercício é descrito como não funcional por não haver propriocepção articular e  força de compressão  tibiofemoral [13].
Muitos profissionais adotam um ou outro tipo de exercício, ou até mesmo os dois tipos, mesmo esses dois tipos de exercícios tendo uma influência artrocinemática diferentes entre si [21].
            Tendo em vista as considerações apresentadas é imperativa a conscientização deste processo patológico, assim como das repercussões dos exercícios de CCA e CCF para utilização de técnicas terapêuticas adequadas na obtenção satisfatória dos seus resultados.
Esse desaranjo biomecânico deve ter como primeira opção de tratamento o método conservador, através de exercícios cinéticos em CCF ou CCA.  Fehr  et al  (2005) [5] relatam que a partir da década de 80 o uso de exercícios em CCF tem aumentado, por ser possível reproduzir padrões de movimentos funcionais.           
O presente trabalho buscou avaliar nível de conhecimento de fisioterapeutas da cidade do Recife que atuam na área de traumato-ortopedia, no tratamento de indivíduos portadores da SDFP, quanto ao uso dessas duas modalidades de exercícios.
Embora esta síndrome seja classificada como sendo de causa inespecífica e desconhecida dificultando na elaboração adequada de tratamento, existem artigos que mostram efeitos satisfatórios com o tratamento conservador, observando-se resultados mais satisfatórios com o uso de exercícios em CCF.
Através deste trabalho buscamos investigar se a conduta dos fisioterapeutas condiz com as técnicas que artigos científicos expõem e relatam resultados satisfatórios.


2. MATERIAL  E  MÉTODO

2. 1. ASPECTO ÉTICO

            Este estudo foi avaliado e aprovado pelo comitê de ética do Hospital Agamenon Magalhães, situado na cidade do Recife, conforme normas de resolução 196/96 na data 29/03/2007.

2. 2. ELABORAÇÃO DO QUESTIONÁRIO

            O questionário foi elaborado pelas acadêmicas de fisioterapia ao perceber os parâmetros que seriam representativos na avaliação do tema. È claro que essa percepção decorreu do alicerce científico observado na literatura.

2. 3. COLETA DE DADOS

            O presente trabalho foi realizado com a distribuição de 31 questionários, atingindo fisioterapeutas atuantes que alegaram tratar a síndrome da disfunção femoropatelar (SDFP).
Mediante um questionário de múltipla escolha e com figuras ilustrativas para a aplicabilidade de exercícios em cadeia cinética aberta e fechada para a SDFP, os resultados obtidos foram apurados e avaliados. Sendo aceitável conter mais de uma resposta como resultado e possíveis observações. As pesquisadoras aplicaram o instrumento.
  Para fundamentação do estudo, a busca de base dos dados foram realizadas em artigos publicados na Scielo Brazil, Revista brasileira de fisioterapia, Revista brasileira de medicina  do esporte, Acta ortopédica brasileira, Revista de Terapia Manual, FisioBrasil  e livros referenciais.
Em posse da pesquisa apurada, e das leituras realizadas foram comparados os métodos utilizados na pratica diária de 31 fisioterapeutas com os métodos que artigos científicos provam ser eficaz na reabilitação de um indivíduo com SDFP.

2. 4. ANÁLISE ESTATÍSTICA

Este número foi estimado através de uma análise estatística pelo método quantitativo amostral.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Concordando com Abreu et al. (1998)[13], o tratamento da síndrome da disfunção femoropatelar (SDFP) tem eficácia discutível a longo prazo.
 Para o presente estudo foram elaborados 45 questionários, onde apenas 31 questionários foram respondidos portanto sendo esta população de fisioterapeutas que compuseram este resultado. (Gráfico 01)
(Gráfico 01)

Os resultados obtidos nesse estudo demonstraram que há variância quanto ao protocolo de tratamento na utilização de exercício em cadeia cinética aberta (CCA) e cadeia cinética fechada (CCF), enquanto nas referências citadas não encontramos protocolos em que fossem determinados os tipos de exercícios para a fase de reabilitação. Abreu et al (1998) [13] concluiu que é relevante considerar  o estado do paciente verificando assim o grau de dor,  satisfação e regularidade do exercício. (Gráfico 02)

(Gráfico 02)

Apesar da  SDFP  ser  de etiologia desconhecida, muitos autores como: Lima et al 2005[3] ,Siqueira et al 2005[9], César et al 2007 [15], Lustosa e Favarini 2007 [22] concordam que há uma insuficiência do músculo vasto medial oblíquo (VMO), ou relate apenas uma deficiência do sistema do aparelho extensor como Abreu et al (1998) [13] .
No ano de 2004 Souza et al [23]  concluiu que o exercício de cadeia cinética aberta com contração isométrica  do músculo quadríceps  com joelho a 60º graus de flexão que o músculo vasto lateral longo (VLL) possui atividade  maior que o VMO, Grossi  et al (2004) [8]  concluiu que a extensão isométrica a 15º o MVLL apresentou mais atividade que o músculo vasto medial obliquo (VLO) e a 90º os músculos VMO e VLO  apresentaram mesmo comportamento, nos dados apurados 14 profissionais adotam CCA com angulação de 30º isto não entra como acordo com a literatura pesquisada.
Lima et al (2005)[3] não observou sobreativação para o VMO através do exercício em CCA mesmo variando a velocidade  angular e diferentes pontos de fixação de um tubo elástico.
Nos dados adquiridos 21 profissionais relatam fazer uso do recurso de CCA em decúbito dorsal, rotação externa de fêmur para a elevação da perna reta. Esta informação condiz com o estudo de Laprade et al e Fonseca et al  apud Lustosa e Favarini (2007) [22] onde avaliaram uma série de exercícios CCF e CCA sendo sugerido os exercícios envolvendo a extensão de joelho e associado a rotação da tíbia, podendo este exercício apresentar uma melhor relação entre os músculos  VMO e VLL.
O exercício de semi-agachamento com apoio bipodal, joelho em flexão de 15º a 45º é dado por 27 profissionais e sendo compatível com Oliveira et al (2006) [7[  que relata a angulação de 45º de agachamento facilitador da ativação do VMO em cadeia cinética fechada, concordando com Grossi et al (2005) [6] que voltou seu estudo a angulação de 45º a 60º considerando maior ativação dos músculos estabilizadores da patela o agachamento a 60º.
            Não houve especificidade alguma na utilização do exercício em CCA e /ou CCF em alguma fase do tratamento, sendo mais utilizado pelos entrevistados o uso de CCA no inicio do tratamento e CCF no final do tratamento.

(Gráfico 03)

            Mesmo havendo neste estudo apenas uma citação de citação (LUSTOSA E FAVARINI ,2007 [22]) que trouxe o estudo da rotação externa do fêmur, com o movimento de flexão de quadril com elevação da perna reta , há uma aceitação onde 21 dos profissionais utilizam este exercício.


4. CONCLUSÃO

Concluímos que é necessário o conhecimento das causas multifatoriais que levam a  Síndrome da disfunção fêmoropatalar (SDFP). O presente estudo demonstrou que os fisioterapeutas pesquizados utilizam tanto a cadeia cinética aberta (CCA), quanto cadeia cinética fechada (CCF) para tratar a disfunção citada.
            Apesar dos resultados obtidos terem sido satisfatórios com retorno normal às atividades da vida diária, ou com retorno de 75% dos pacientes tratados, sugerimos que seja feito um estudo através de um esquema de protocolo contendo fases de tratamento, com pesquisas experimentais randomizadas, uma vez que os autores citados se utilizaram apenas de um tipo de exercício para estudo de ação  do grupo muscular Quadríceps especificamente a relação entre os músculos vasto medial oblíquo, vasto lateral longo e vasto lateral oblíquo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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3. Lima CS, Ribeiro DC, Martinez FG, Loss JF, Carneiro JPT. Análise eletromiográfica do quadríceps durante a extensão do joelho em diferentes velocidades. Acta ortopédica brasileira 2005; 13: n°. 4 (scielo).

4. Konin  JG. Cinesiologia prática para fisioterapeutas. Rio de Janeiro: Guanabara  Koogan. 2006.155 – 172.

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10. Weiss EL, Smith LK, Lehmkuhl DL. Cinesiologia Clínica de Brunstrom. São Paulo: Manole; 1997.5° ed. 11 – 12.

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12. Delgado C, Barbosa FP, Oliveira HB, Filho JF. Utilização do esfigmomanômetro na avaliação da força dos músculos extensores e flexores da articulação do joelho em militares. Rev. Brasileira de Medicina do Esporte 2004; 10: n°. 5. Niterói, set. / out. (scielo).
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