AUTORES:
1. Afra Laís Fireman Lacet
2.
Fernanda Lins Calheiros
3.
Guilherme de Andrade Lyra Barbosa
4.
Mariana Rosner Jatobá Leite
Paciente E.F.S. sofreu um acidente de moto em fevereiro de 2012, no qual fraturou a tíbia E e rompeu ligamentos em tornozelo E (Figura 1). Cinco dias
depois, foi realizada uma cirurgia para colocar placa de titânio e 12
parafusos. Foi colocado o gesso, sendo retirado após 12 dias (Figuras 2 e 3).
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Figura 2. Rx de tíbia E:
fratura não consolidada, reduzida por placa.
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Figura 3. Tomografia
Computadorizada da perna E: fratura oblíqua não consolidada na diáfise distal
tibial reduzida por placa em ponte; fragmentos ósseos adjacentes; osteopenia.
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Um mês após a cirurgia foi encaminhado para a Fisioterapia, apresentando
as seguintes características: algia em tornozelo e algia em perna e pé à
palpação, edema (cacifo +) e eritema em pé e tornozelo, redução da ADM em
tornozelo, parestesia em região posterior e lateral de tornozelo, em direção ao
médio pé (lateral), hipotonia e hipotrofia de quadríceps e panturrilha, e
deambulação com auxílio de moletas. Encontrava-se em processo cicatricial, sem
os pontos e com aderência tecidual em toda a região cicatricial e próximo à
mesma.
Goniometria:
D
|
E
|
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Flexão
Plantar
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38º
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30º *
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Dorsiflexão
|
8º
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Faltam 2º para 90º
|
*
Paciente refere queixa álgica.
Cirtometria:
D
|
E
|
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Acima
dos Maléolos
|
21,5cm
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25cm
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Médio
Pé
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25,5cm
|
27cm
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Os objetivos para traçar a conduta fisioterapêutica
deste paciente foram:
CURTO-PRAZO
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· Reduzir/
controlar edema e inflamação;
· Reduzir
dor;
· Previnir/minimizar
complicações;
· Favorecer
consolidação;
· Melhorar
retorno venoso;
· Favorecer
aporte sanguíneo;
· Orientar
o uso das muletas.
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MÉDIO-PRAZO
|
· Manter/
recuperar ADM (Dorsiflexão/flexão plantar);
· Reestabelecer
flexibilidade muscular e tecidual;
· Reestabelecer
trofismo e força muscular (principalmente quadríceps e panturrilha);
· Favorecer
consolidação;
· Prevenir/minimizar
complicações;
· Restabelecer
propriocepção;
|
LONGO-PRAZO
|
· Favorecer
reestabelecimento do controle proprioceptivo;
· Proporcionar
deambulação;
·
Favorecer funcionalidade e o retorno total a AVD’s e AVP’s.
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A conduta utilizada
foi a seguinte:
FASE
INICIAL
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FASE
TARDIA
|
|
- Mobilização Intra-articular (Interfalangeanas,
Metatarsofalangeana, tarsometatarso, Calcâneo-Talar, Femorotibial e
coxo-femoral);
- Método Rood (Melhorar sensibilidade);
- Hidroterapia (Área mais profunda de 1,50 m
para treino de descarga leve de peso);
- Exercícios Metabólicos (Melhorar no retorno
Venoso);
- Laserterapia (Acelerar o processo inflamatório
e circulatório);
-U.S Pulsátil (Diminuir edema e acelerar
processo de cicatrização óssea);
- FES associado à contração isométrica de
Quadríceps (Despertar do Quadríceps);
- Estímulos Piezoelétricos na região da fratura;
- Kinesio Taping (Técnica FAN para reduzir
edema);
- Drenagem Linfática;
- Método PRICE (Diminuir Edema);
-Cyriax em região cicatricial e de aderência.
|
- Manter
Mobilização intra-articular;
- Hidroterapia (Para média da piscina com 1,25 m
gerando mais descarga de peso);
- Fortalecimento Isométrico/Isocinético
(Quadríceps, Isquiostibiais, Adutores, Abdutores, Rotadores Externos,
Rotadores Internos do Quadril, Dorsiflexores, Flexores Plantares, Inversores
e Eversores do Tornozelo)
- Fortalecimento da Power House (gerar
estabilidade para MMII);
- Treino Proprioceptivo na Prancha de Equilíbrio
com apoio Bipodal, Plataforma vibratória e cama elástica;
- Laserterapia;
-U.S. Pulsátil;
- Método Rood;
- Kinesio Taping (Método FAN para manter livre
do edema);
- Método PRICE.
.
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- Fortalecimento Isocinético(Quadríceps,
Isquiostibiais, Adutores, Abdutores, Rotadores Externos, Rotadores internos
do quadril, Dorsiflexores, Flexores Plantares, Inversores e Eversores do
Tornozelo);
- Fortalecimento da Power House (gerar
estabilidade para MMII);
- Treino Proprioceptivo na Prancha de Equilíbrio
com apoio Bipodal, Plataforma vibratória e cama elástica;
- Treino de Condicionamento cardio-vascular na
Bicicleta ergométrica e/ou Esteira;
- Caso atleta: Treino de Gestual Esportivo ;
- Caso individuo comum: Treino para retorno das
AVD`s e AVP`s.
|
Com 20 dias de tratamento, o paciente apresentou um
ganho de ADM: Dorsiflexão E = 9º e Flexão Plantar E = 40º. Foi realizado um
outro exame, para análise de um possível enxerto ósseo, caso não houvesse sinal
de consolidação (Figura 4). O paciente não foi submetido ao enxerto ósseo,
dando continuidade ao tratamento fisioterapêutico.
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