domingo, 1 de maio de 2011

ANATOMIA PALPATÓRIA


Algo que para o fisioterapeuta prático e experiente pode parecer algo simples, normalmente assusta os alunos e requer certa habilidade, além de conhecimento 
sobre a anatomia descritiva...

Coluna vertebral: existem certas “dicas” quanto aos pontos de referência que talvez valha a pena compartilhar. Junqueira (2004) descreve a importância clínica da palpação dos processos espinhosos torácicos, mas salienta que o fato de estarem situados profundamente à musculatura paravertebral dificulta seu reconhecimento. Mas Como citei anteriormente algumas informações podem facilitar o processo.
Tipicamente os processos espinhosos torácicos são longos e inclinam-se inferiormente sobrepondo a vértebra abaixo. A partir de T4 ou T5 e até T7 ou T8 a inclinação dos processos espinhosos é bem evidente, sendo possível palpar no mesmo alinhamento horizontal, um pouco lateralmente a margem inferior ou o processo transverso da vértebra subjacente.
O caminho mais fácil para palpação dos processos espinhosos, e sugerido por diversos autores, é localizar primeiramente C7 de maneira precisa, e a partir dela as outras vértebras, essa vértebra só pode ser confundida com T1, já que ambas são bem proeminentes e estão localizadas ao nível da abertura torácica superior. Como diferenciá-las?Uma boa sugestão é lembrar que a rotação da cabeça interfere muito na posição de C7, muito pouco na posição de T1 e não interfere em T2. Portanto palpamos as transversas (processos transversos) da vértebra que imaginamos ser C7 (a mais evidente!!) e solicitamos que o paciente faça uma rotação da cabeça para a direita e para a esquerda, durante essa atividade acompanhamos o movimento de translação da vértebra proeminente, da supra e da infrajacente, para nos certificarmos.
Outra forma de tentar ser mais preciso na identificação é pedir para o examinado fazer o movimento de flexão da cabeça; isto evidenciará o processo espinhoso de C7 e o examinador deverá posicionar o dedo no local e acompanhar o movimento de retorno para marcar o ponto no indivíduo com a cabeça na posição neutra.
Ou mesmo realizando o movimento passivo de extensão da cabeça a partir da posição neutra; durante este movimento C7 tende a mover-se mais anteriormente do que T1, o que pode ser verificado mantendo o dedo apoiado no ponto que foi identificado pelo examinador como C7. Outra possibilidade é sentir a mobilização dos processos espinhosos durante o movimento de extensão combinado com a rotação da cabeça; espera-se sentir maior mobilidade em C7.
Verificar o alinhamento das vértebras com outras estruturas anatômicas é útil para averiguar a assertividade do método, mas vale ressaltar que são somente indicações de alinhamento anatômico e não regras absolutas. Com o intuito de auxiliar seguem abaixo outros comentários e referenciais topográficos sobre alguns dos processos espinhosos
Processo espinhoso de T1: alinha-se com o ângulo superior da escápula.
Processo espinhoso de T3: alinha-se com a extremidade medial da escápula. O ponto de transição entre a espinha da escápula e a margem medial da escápula, pode ser considerado como o ponto mais medial da escápula.
Processo espinhoso de T7: alinha-se com os ângulos inferiores das escápulas.

Processo espinhoso de L4: alinha-se com uma linha horizontal traçada a partir dos ápices das cristas ilíacas direita e esquerda, como numa tangente que toca as duas cristas. Se o examinador colocar os dedos indicadores nas cristas ilíacas direita e esquerda posicionará os polegares no espaço interespinhoso de L4/L5. (para alguns autores L3!!!)
Processo espinhoso S1: não há referência específica sobre ele, mas sabe-se que S2 está alinhada com uma linha que une as depressões cutâneas (as barroquinhas do sacro!!) que caracterizam as espinhas ilíacas postero-superiores.




Espero ter sido útil!!!!

Beijo
Renata

2 comentários:

Comenta aê, galera!!!!